Era uma vez, num vale escondido, sem acessos, uma família de ratazanas. Ratazanas de uma espécie rara. Ratazanas laranjas, de pêlo luzidio, por se alimentarem apenas de carne de porco no espeto.
Como em todos os grupos, existia um líder que, nessa qualidade, mandava nestas ratazanas. Ele mandava e elas obedeciam, cegamente, sem pensar nas consequências dos seus actos. Em bom rigor, sem pensar nos próprios actos.
Para decidirem sobre os destinos e sorte do seu grupo, estas ratazanas reuniam-se periodicamente em sessões abertas a outras espécies, embora estas em menor número, é certo.
E assim foi durante quatro anos. O líder mandava e as ratazanas abanavam as cabeças no sentido apontado pelo líder. De pouco valiam as objecções das outras espécies, pois, como se viu, eram em número inferior.
Até que, num dia de uma dessas reuniões periódicas, as ratazanas foram informadas que um grupo de gatos se dirigia para o local habitual. Pretendia este grupo de felinos colocar um ponto final a uma prática gastronómica alimentar que as ratazanas haviam instituído em ordem a manter a luminosidade do seu pêlo: os banquetes de porco no espeto.
Não que os gatos não gostassem de porco. O problema era que o consumo exagerado deste alimento estava a aumentar o nível de colesterol dos gatos, por um lado, e a fazer diminuir os cofres da comunidade, por outro.
Não querendo ser confrontados com os factos descritos e fazendo aquilo que sempre souberam fazer melhor (penso ser, aliás, uma característica da espécie), escapuliram-se pela traseira da toca, com a cauda no meio das pernas, assim impedindo a realização da reunião.
Ninguém ficou particularmente surpreendido, até porque já o haviam feito anteriormente, mas a fuga deixou os seus apoiantes enfurecidos com mais um acto cobarde e descabido.
Desconhece-se o fim da história, mas fica a promessa do seu final ser relatado dentro de 15 dias.
Nota: Qualquer semelhança desta história com a (não) realização da Assembleia Municipal de ontem, motivada pela não comparência dos deputados eleitos pelo PSD, é pura coincidência.
Qualquer semelhança desta história com a (não) comparência do Sr. Presidente da Câmara e sua comandita na GRANDE ACÇÃO DE CAMPANHA, VENHA COMER PORCO E BEBER UNS COPOS TUDO À BORLA, depois de saber da presença da TVI no local da acção de angariação de votos, é pura coincidência.
ResponderEliminardepois dos resultados de ontem, o PS terá uma palavra a dizer! Se o Bandeira pInho, ao ver o flop que é o bloco e uma vez que mesmo eleito renunciará, não seria preferivel abdicar em prol do Ps? não é hora de colocar interesses do concelho acima dos pessoais?
ResponderEliminarO bloco lixou-vos a maioria absoluta. o resto é conversa. Por cá vai rouabr um vereadorzinho que até choram. vai ser o chamado voto útil.
ResponderEliminarde facto se bandeira pinho, não assumirá lugar de vereador, para que se candidatará? só para roubar votos ao ps? ..e defender tacho do filho com a camara? voto util no ps..é preciso!!!!!!
ResponderEliminarPorque não criar uma petição on-line a favor da elevação do porco no espeto como principal prato típico de S. Pedro do Sul, em detrimento da Vitela à Lafões? É que me parece que o primeiro prato tem de longe mais saída que o segundo. fica a sugestão...
ResponderEliminarPois é o porco no espeto pegou de estaca. Quinta-feira mais meia dúzia na inauguração do cemitério. Sábado mais um na apresentação do Tó no lenteiro do rio. Tudo made in Lafomercado (deve ser para pagar alguma candidatura). Será que ninguém se lembra de fazer umas vitelas no espeto.
ResponderEliminarNota: até já o canganheiro de Santa Cruz ofereceu um porco no Areeiro.