sexta-feira, 31 de julho de 2009

"A CULPA NÃO É DO DESPORTO"

Formei-me na Universidade da Beira Interior. A mesma instituição que alberga “charlatões”, que fazem “pseudo-estudos” e que “não fosse a idade mereciam umas chapadas”.
Albergou também um grande Professor, hoje aposentado (portanto pode continuar a fazer os seus estudos e análises, que não corre o risco de “levar umas chapadas”). Autor de vários livros científicos, entre os quais “A Culpa não é do Desporto”, o Prof. Doutor Fernando de Almada diz-nos o seguinte a certa altura: “O desporto ninguém o nega, tem um peso enorme na dinâmica da sociedade em que se integra, em virtude dos meios que utiliza, das motivações que gera, dos recursos que mobiliza e das paixões que consegue despertar”.

Mas em São Pedro do Sul o desporto é negado, ao contrário do que é defendido pelo Prof. Fernando Almada. Um conjunto de opções do actual executivo camarário levam a essa conclusão:

- a sede de concelho continua sem um polidesportivo para as crianças, jovens e demais população praticar desporto sem taxas de utilização. Há 4 anos,em vésperas das eleições autárquicas, numa atitude eleitoralista, começaram as obras do polidesportivo, junto ao complexo desportivo municipal. Hoje, depois de deitados fora mais de 65 mil euros a obra não está acabada. Pior, foi confirmado pelo Presidente da Câmara Municipal, que já não vai haver ali nenhum polidesportivo. Tem que ser alterado pois o que foi construido tem problemas técnicos e é para “deitar abaixo”. Assume-se o erro, mas preferíamos que o mesmo fosse evitado. As finanças do município agradeciam; O desporto é negado.
- os Jogos Desportivos eram uma actividade desportiva importante para o município, mas foram extintos há dois anos; conseguiam mobilizar muitos jovens praticamente de todas as freguesias, dinamizavam o associativismo. Para algumas pessoas (já tinha uma participação de 300\400 jovens) era das poucas formas de aceder ao desporto. Mais uma vez o desporto foi negado.
- o Estádio Municipal da Pedreira continua por acabar. Ano após ano, assistimos à continuação de contentores (primeiro arrendados e depois comprados) a servir de balneários. Pergunto: é essa a solução final? A não ser, para quando o términus das obras? Dúvido que seja breve depois dos milhares de euros gastos na aquisição dos referidos contentores. O desporto é negado com este esbanjar de recursos.

Perante estes exemplos, entre tantos outros, confirma-se que “A Culpa não é do Desporto” mas sim de quem o nega.

Pedro Bruno Almeida – militante do PS
e membro da Assembleia Municipal de São Pedro do Sul

É TUDO UMA QUESTÃO DE ESTILO


Num momento de eleições à porta como o que vivemos, começa o natural debate sobre as diferenças ideológicas entre os dois principais partidos da oposição: PS e PPD/PSD. Muito interessante, sem dúvida, mas não é este o debate que, salvo melhor opinião, está na ordem do dia.


Para além das evidentes diferenças ideológicas, é o estilo que, actualmente, mais separa os dirigentes de cada um destes partidos. O estilo da linguagem. O estilo da postura. O estilo dos discursos. Claro está que, em muitos casos, a questão não se pode reconduzir ao estilo, sendo antes um problema de educação, ou falta dela. Vejamos, pois, alguns exemplos.


Começando pelo topo, diz-nos a líder do PPD/PSD, Manuela Ferreira Leite, que, «Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se», acrescentando que «até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».


Continuando por outro líder, desta feita do PPD/PSD da Madeira, o inigualável Alberto João Jardim defendeu a extinção do representante da República na Madeira e a proibição do comunismo em Portugal.


Outro exemplo, agora proveniente de um ilustre (ou talvez não) deputado deste mesmo partido, eleito pelo círculo de Viana do Castelo, José Eduardo Martins, antigo Secretário de Estado do desenvolvimento Regional, vice-presidente do Grupo Parlamentar. Dirigindo-se a um outro deputado, Afonso Candal, utilizou esta verborreia: «pó caralho, pá», «se queres falar assim comigo falamos lá fora» e «baixa mas é a bolinha».


Começando a aproximar-nos da nossa cidade, Fernando Ruas, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Presidente da Associação de Municípios, Presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Viseu e à Assembleia Distrital de Viseu, Membro do Bureau Executivo da Nova Organização Mundial "Cidades e Governos Locais Unidos", Conselheiro do Comité das Regiões, nomeado pela Assembleia da República, Presidente da Mesa Permanente Luso-Espanhola, Vice-Presidente da Mesa do Congresso do Partido Social Democrata, antigo Deputado da Assembleia da República (uff, acabou o cv) não quis ficar atrás e, falando para uma plateia de apoiantes/munícipes em relação a uma brigada de fiscais, fê-lo nestes termos: «arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada».


Como é evidente, o Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo, seguindo os exemplos destes expoentes máximos do seu partido, não quis ficar atrás. Referindo-se a um estudo apresentado pelo Professor Doutor Pires Manso Professor da Universidade da Beira Interior, apelidou-o de «charlatão» e concluiu que se «estivesse em idade disso deveria levar umas bofetadas».



Partindo destes exemplos e assumindo que são como pregam, estamos aptos a desenhar o perfil político defendido pelos dirigentes máximos (nacionais, distritais e concelhios) do PPD/PSD. Para estes senhores, o expoente máximo do político português terá de ser capaz de:


1. Suspender a democracia e mandar em tudo e todos sem discussão;
2. Extinguir as ideologias com que discordar;
3. Mandar os seus pares «”pó” caralho», «falar com eles lá fora» e «fazê-los baixar a bolinha»;
4. Incitar ao arremesso de pedras à cabeça das entidades fiscalizadoras;
5. Dar bofetadas a Professores Catedráticos com idade inferior à do Prof. Pires Manso (este parece estar excluído por questões de idade).

É este o estilo defendido e praticado pelo nosso Presidente de Câmara, Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo. Um presidente sem norte, sem ponderação, sem capacidade de suportar a crítica. Um presidente sem estilo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

UMA VERDADE INCONVENIENTE

Em 2006, o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore realizou 2006 um documentário com o objectivo de alertar a população mundial sobre questões ambientais: Uma Verdade Inconveniente. É sobre uma verdade inconveniente que pretendo escrever. Uma verdade inconveniente sobre S. Pedro do Sul.

Verdade, porque os factos relatados têm a sua génese num estudo elaborado pelo Prof. Doutor Pires Manso, Prof. Catedrático da Universidade da Beira Interior e Responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, cuja consulta pode ser feita a partir do site (http://www.dge.ubi.pt/pmanso).

Este estudo, elaborado a partir de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística, criou um sistema de indicadores estatísticos que visam monitorizar o nível de desenvolvimento económico e social, de bem-estar e qualidade de vida dos municípios.

Inconveniente, porque ao contrário de muitas outras, esta não vai receber nenhum tratamento, filtro ou maquilhagem por parte do Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo e demais membros da sua equipa.

E a dita verdade inconveniente é esta: num total de 278 municípios portugueses, S. Pedro do Sul ocupa o 261º lugar, ou seja, existem apenas 17 municípios piores que o nosso.

No entanto, a péssima posição relativa que S. Pedro do Sul ocupa no ranking elaborado não é o pior desta verdade inconveniente. O pior que este estudo demonstrou foi que, de 2004 até 2006 (ano a que se reportam os dados analisados), S. Pedro do Sul caiu 46 posições, ou seja, em apenas dois anos, a gestão autárquica imprimida pelo Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo, fez-nos cair quase meia centena de lugares.

Para que dúvidas não restem sobre o real significado desta posição, S. Pedro do Sul integra o ranking dos 20 municípios piores classificados, sendo, juntamente com Castro Daire, o único da Região Centro nesta situação.

Com um resultado tão mau, qualquer autarca consciente e rigorosos imprimiria todos os seus esforços imediatos para identificar as causas de tão má qualificação e tentaria inverter a situação. Tentaria empreender todos os actos possíveis para conferir maior qualidade de vida aos sampedrenses. Tentaria assegurar aos seus munícipes o maior bem-estar possível.

Não foi esse, porém, o caminho que o Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo escolheu. De acordo com o Jornal do Centro, o senhor Presidente da Câmara Municipal terá dito que o estudo era um atentado à inteligência das pessoas e que o seu autor era um «charlatão». Como se não bastasse, rematou dizendo que «os municípios têm dignidade» e que «o concelho de S. Pedro do Sul» iria «agir judicialmente contra este pseudo-estudo».

Os tribunais estão ao dispor de todos os cidadãos e instituições para receber todo o tipo de queixas, mas, salvo o devido respeito, melhor andaria o Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo se utilizasse o dinheiro que o recurso à justiça implica na alteração da sua política e dos maus resultados a que nos tem conduzido. Em suma, melhor faria se, efectivamente, devolvesse aos sampedrenses a dignidade de outros tempos, tendo, porém, presente que esta se consegue alcança com trabalho, não com o recurso a acções judiciais contra quem diz a verdade, ainda para mais suportada em estudos técnicos.

Até quando vamos permitir que cheguem ao nosso conhecimento outras verdades inconvenientes?
Daniel D. Martins – militante do Partido Socialista

sexta-feira, 24 de julho de 2009

UM PROGRAMA DE MUDANÇA

Os últimos 8 anos de gestão do PSD foram marcados por uma gestão casuística. Uma gestão sem rumo. Uma gestão sem prioridades. Uma gestão sem metas. Uma gestão sem liderança. Não é seguindo esse caminho que se obtém a confiança dos munícipes, que se capta investimento privado, que se traçam metas, que se definem prioridades.

Nessa medida, S. Pedro do Sul precisa desesperadamente de uma MUDANÇA.
É este o desígnio do PS, apostado no desenvolvimento do concelho de S. Pedro do Sul. Não apenas da agora cidade, mas também de todas as aldeias.
Só uma GESTÃO RIGOROSA e RESPONSÁVEL poderá devolver o esplendor perdido a S. Pedro do Sul.


S. Pedro do Sul, outrora orgulhosa do seu florescente comércio, vê-se hoje com dezenas de estabelecimentos encerrados, enquanto outros definham na mesma direcção daqueles. É urgente promover a MODERNIZAÇÃO e CERTIFICAÇÃO DO COMÉRCIO sampedrense e canalizar para o seu seio os turistas das Termas de S. Pedro do Sul. A criação de um GABINETE de APOIO ao EMPRÉSÁRIO junto do município é determinante.

É preciso colocar S. Pedro do Sul no centro do distrito. Construir NOVAS E VERDADEIRAS ACESSIBILIDADES a Viseu e à A-25, garantindo mais pessoas para visitar e comprar na nossa cidade.
Sem trabalho não se conseguem fixar as populações. É preciso apostar na criação de PARQUES INDUSTRIAIS e de LOGÍSTICA que garantam a fixação de empresas no concelho e emprego permanente para os nossos jovens, impedindo a sua fuga para concelhos limítrofes.

É tempo de estabelecer laços de solidariedade entre as zonas urbanas e rurais do concelho. A criação de uma UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE, com todo o equipamento de saúde e um médico, é essencial para levar a saúde a todas as freguesias do concelho.

É urgente envolver as escolas, enquanto parceiros fundamentais e indispensáveis para a viabilização da Política Educativa definida pelos autarcas para o concelho. A criação do PROJECTO EDUCATIVO CONCELHIO propicia uma ligação estreita entre Encarregados(as) de Educação, Escolas e Comunidade Local que não se limita a um acompanhamento pontual e normativo no Pré-Escolar e 1.º Ciclo.

É tempo de dar voz aos jovens, estabelecendo laços de cooperação entre as zonas urbanas e rurais do concelho. A criação do CONSELHO MUNICIPAL DA JUVENTUDE potencia a participação dos jovens do nosso concelho, assumindo-os como fonte privilegiada de saber.
Candidatura do PS às Autárquicas de S. Pedro do Sul