Não sendo a genética a minha área, começo a acreditar que os dirigentes do PSD têm um gene diferente dos demais. Um gene que os induz a pensar que estão acima da lei, que dispõem de um espécie de salvo-conduto para fazerem o que lhes der na real gana e quando assim o entenderem. É o «fuck them all» do Alberto João Jardim, o já (tristemente) conhecido caso das bofetadas ao professor universitário...
Também o Dr. António Carlos Figueiredo parece padecer deste mal.
Se assim não fosse, não tinha emitido e enviado para os quatro cantos do concelho o convite para a «abertura ao público da variante à Rua Serpa Pinto», com «desfile de folclore» e «convívio popular» para o próximo dia 26 de Setembro, peças 17.00 horas.
Como jurista que é (se não de prática, pelo menos de formação) devia saber que o dia em causa é, de acordo com a lei, o «dia de reflexão», uma vez que, no dia seguinte, são as eleições legislativas.
Salvo melhor opinião, um espectáculo com folclore, quiçá com porcos e outras carnes gordas à mistura, não é o melhor dos ambientes para a reflexão sobre o voto a depositar na urna no dia seguinte. Ainda para mais quando a orgia gastronómica e o folclore são oferecidos por um autarca do PSD, ele próprio em pré-campanha.
Só por chico-espertismo saloio se pode entender tamanha prepotência e arrogância.
Para que dúvidas não restem sobre o entendimento da Comissão Nacional de Eleições, no sentido do total repúdio por estas práticas, aqui fica o link para a nota informativa respectiva.
Eu vou dançar o vira, comer porco e beber do belo e fresquinho amerciano. Com sorte ainda recebo uns euritos pelo voto, que a crise não está fácil!
ResponderEliminarE se a festa acontecer, que é o mais certo, quem é que pedirá responsabilidades ao AC?
ResponderEliminarAtentos os pressupostos seguintes:
ResponderEliminar- o evento em causa considera-se, na análise jurídica do Dr. Daniel Martins, "actividade de propaganda eleitoral";
- o Dr. Daniel Martins é um jurista de formação e de prática;
- o Dr. Daniel Martins propõe-se fiscalizar o cumprimento da lei por parte da actividade do executivo camarário;
então, ficamos à espera que o Dr. Daniel Martins, que aproveito para cumprimentar pelo seu outdoor, aja rapidamente e com sucesso, dada a evidência deste caso!
Mas, se o referido evento acabar por se realizar, somos livres de pôr em causa qualquer dos supra pressupostos legais, designadamente, a sapiência jurídica, política e fiscalizadora do Dr. Daniel Martins!...
Aguardemos, pois!
Meu Caro Dr. Rui Costa, como V. Exa. saberá, atentos os seus especiais e refinados conhecimentos jurídicos, não caberá ao seu amigo, Dr. Daniel Martins, aplicar a lei, mas apenas denunciar os comportamentos que eventualmente a violem.
ResponderEliminarNão tivesse V. Exa. mudado de camisola (politicamente fanado, claro) e saberia que já foi participado à CNE a festa que o Senhor Presdiente da CM se prepara para fazer em jeito de propaganda política.
Se não sabia, fica a saber. Caber-lhe-á a si também, enquanto candidato ao mesmo órgão que o seu amigo, mas também e sobretudo enquanto cidadão atento que sei que é, cumprir com a sua função.
Proponho que se imprima e distribua a citada Nota Informativa da Comissão Nacional de Eleições, durante a «abertura ao público da variante à Rua Serpa Pinto». Assim os parolos que se vão amontuar à volta dos 15 porcos seriam informados da verdadeira intenção dos xicos-espertos.
ResponderEliminarFelizmente sou vegetariano, em sentido figurado, claro.
ResponderEliminarProponho ao actual e futuro ex. Executivo que no seu programa eleitoral abdique do canil municipal em detrimento da construção de uma POCILGA, também ela municipal, assim, e a seguir o cons(C)elho, sempre se poupariam uns cobres, o povo ficaria contente e de certeza que a carne seria mais caseirinha.
Ao que se chegou!!! 25 porcos por ano? Média de 1Kg de carne por eleitor, não vegetariano?
Decência, inovação e rigor precisa-se.
E você deixa-se vender por 1 kg de carne?
Conheço um presidente de câmara que suspendeu um discurso oficial do 05 de Outubro para evitar promiscuidade entre actos públicos e campanhas eleitorais.
ResponderEliminarNão sei se é perceptível o paralelismo, ou melhor, a falta dele...
É uma situação vergonhosa.
ResponderEliminarAté parece que estamos na Madeira. E o que mais me revolta é, se existe uma lei que deve ser cumprida, quem é que tem de a obrigar a cumprir?
Estamos mesmo uma republica das bananas.
Não sejam assim! vao ver que a variante até vos vai dar jeitinho de vez em quando!
ResponderEliminar