terça-feira, 4 de agosto de 2009

A VERDADE DA MENTIRA


O nome do filme realizado por James Cameron em 1994, tendo Arnold Schwarzenegger como protagonista, serve de mote a esta pequena reflexão. Porém, as semelhanças com o filme ficam por aqui, pois nem o actor principal é governador de estado algum, nem existem cenas de explosão ou comédia.

Bem pelo contrário, o tema é a total inacção e as cenas de rir há muito que desapareceram do quotidiano sampedrense, excepção feita, porventura, a alguns flashes nas orgias gordurosas no Lenteiro do Rio com porco no espeto. O actor principal (os secundários não existem, de todo), o actual Presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo.

Há 8 anos (OITO ANOS), no panfleto que colocou em circulação, dizia-nos o Dr. António Carlos Ferreira Rodrigues de Figueiredo:

1. «Candidatámos aos fundos, em conjunto com três autarquias vizinhas, um projecto de 30 milhões de contos que prevê a cobertura total do concelho de S. Pedro do Sul da rede de saneamento e água ao domicílio. Após a sua provação, as obras arrancarão de imediato».

2. «Estamos a projectar novos espaços de lazer e vários equipamentos colectivos, tais como: novo centro de saúde, central de camionagem, mercado municipal, novo quartel da GNR, biblioteca, centro de emprego e outros».

3. «Iniciámos o processo de revisão do Plano Director Municipal, o qual estará concluído no próximo ano, ajudando à fixação da população jovem do concelho, abrindo novos espaços ao desenvolvimento urbano e à criação de novos pólos industriais»;

4. «Vamos continuar a lutar por um pólo de Ensino Superior, Habitação Social, Centro de Estágio, mais e melhor Emprego para os nossos jovens».

Dois mandatos cumpridos. Oito anos (OITO ANOS) volvidos desde a apresentação destas promessas.
Onde está o saneamento e a água ao domicílio do concelho? Onde fica a Central de Camionagem ou o novo quartel da GNR da cidade de S. Pedro do Sul? Em que gaveta estará perdido o almejado Plano Director Municipal? E o Pólo de Ensino Superior, em que parte da cidade se situa, junto do Centro de Estágio? E este, onde fica? Onde ficam também os pólos industriais, ou será que mantém o que afirmou na entrevista à Rádio Lafões há 4 anos, em que disse que se tratava de um modelo esgotado e que não queria parques industriais em S. Pedro do Sul?

Nada foi feito. Nenhuma destas promessas foi cumprida.

Esta é a verdade da mentira. De uma mentira com 8 anos (OITO ANOS) de que todos estamos fartos. Uma mentira resultante de uma incapacidade natural para gerir os destinos de um concelho cada vez mais encravado num vale, sem saídas, afastado do progresso e do desenvolvimento. Vamos deixar-nos enganar outra vez?

2 comentários:

  1. Espero que a Alzheimer não visite os munícipes de São Pedro do Sul mais cedo do que a idade prevê.
    Porque só uma patologia assim poderia tornar este quadro mais cor-de-rosa, ou deverei dizer, o "Pinóquio" magicamente, cegamente em herói do município?
    Se na história de encantar, o primeiro era uma pequena criança de madeira, aqui falamos de um adulto, já sem inocências que merecia ostentar um grande nariz em vez de um BMW, por todos nós gentilmente e inconscientemente oferecido (investimento, claramente, em prol da alta tecnologia no município!).

    ResponderEliminar
  2. Há cerca de um ano, o mesmo Presidente da Câmara, garantiu na Assembleia Municipal que S. Pedro do Sul iria resolver o problema do abastecimento domiciliário de água e do saneamento básico no âmbito da SIMRIA (hoje ARA) Águas da Região de Aveiro. E se Sever do Vouga integrou, ao tempo da gestão PS em S.P. Sul, a Associação de Municípios do Médio Vouga, conjuntamente com S. P. Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, para resolver os problemas referidos, hoje, Sever do Vouga integra a ARA, mas S. Pedro do Sul não. É curioso ver que o único município do médio Vouga que integra aquela associação, ao lado de municípios PSD, é o de Sever. E porquê? Porque os de Lafões, como o nosso, não estão à altura das circunstâncias.Preferem obritas imediatistas, porque visão de futuro não têm, atrofiando, cada vez mais, o desenvolvimento que deve ser sustentado.

    ResponderEliminar